Diretoria do Sinafresp realiza visita à DRTC-III/Butantã

Continuando as visitas às bases, a diretoria do Sinafresp foi, na última quinta-feira (13), à Delegacia Regional Tributária da Capital III (DRTC-III/Butantã). Na oportunidade, os representantes da classe foram recebidos pelo delegado regional tributário Paulo Prado e pelo inspetor Vinícius.

Preliminarmente, o delegado Paulo Prado expôs o cenário de desvalorização pelo qual passa a categoria, parecendo ser, infelizmente, quase uma política de estado, e que a classe deve ser proativa para obter o sucesso de seus pleitos.

O presidente do Sinafresp, Marco Antonio Chicaroni, propôs uma pauta de discussão: pior subteto estadual, com defasagem próximo de 60% em relação a 2011; gestão sindical próxima às bases; abertura de canal de comunicação; Atin precário e não extensível aos aposentados; negociação com o vice-governador Rodrigo Garcia e a reunião que deverá ser realizada até 31 de janeiro de 2022 com a pauta da chamada “solução estruturante”.

O delegado da DRTC-III informou que está próximo de ter condições de se aposentar (pela nova legislação) e compreende as preocupações com a paridade, manifestadas recorrentemente pelos colegas aposentados. 

Demonstrando otimismo, ainda que contido, em razão dos recentes encaminhamentos, pontuou que, até o ano passado, não tinha perspectivas de melhorias, tendo o cenário se modificado a partir da sinalização de negociação pelo governo com a classe e que será possível dada as discussões dos gestores da Administração Tributária com o governo, coincidentes com as ações de mobilização da categoria.

Especificamente quanto à entrega de funções, Paulo Prado afirmou não concordar com tal ação por entender que poderia resultar em prejuízo à carreira e aos canais de negociação, além da questão da lotação virtual, lembrada pelo inspetor Vinicius. 

Nesse momento, o diretor Jean Henrique Ferreira ressaltou a viabilidade da entrega de funções com união da classe, nenhum colega assumindo a função privativa de AFRE em aberto e com a participação no movimento.

Sobre a “solução estruturante”, o delegado da DRTC-III entende que o melhor seria a PEC do Teto, ainda não obtida por questões políticas, mas que seria viável. Além das questões remuneratórias, o inspetor Vinícius destacou que a classe possui outras que também precisam ser tratadas, principalmente relacionadas à valorização das atividades dos AFREs, associadas à melhoria dos salários das carreiras de apoio e incentivos financeiros ao preenchimento de funções de chefia.

Vinícius ainda ponderou que, se a classe deseja se comparar às carreiras jurídicas, teríamos que focar, principalmente, no desenvolvimento de trabalhos relevantes e de complexidade, e dentro do possível organizar estruturas salariais similares às delas, considerando verbas como o auxílio saúde extensível aos aposentados, por exemplo.

Nesse momento, o diretor Jean Henrique Ferreira lembrou que, considerando ameaças como o PL 6726/2016, uma “solução estruturante” com segurança jurídica seria o teto.

O presidente Chicaroni informou que ocorrerá, no dia 22 de janeiro de 2022, a primeira reunião do novo Conselho de Representantes do Sinafresp, oportunidade em que poderá ser decidido sobre o recrudescimento das mobilizações já a partir do início de fevereiro, inclusive com a entrega de funções, em caso de fracasso da reunião com o vice-governador Rodrigo Garcia.

Indagados pelo diretor Jean Henrique Ferreira acerca da participação dos colegas nas mobilizações, ambos os gestores afirmaram estar também associados ao Sinafresp e que, na unidade, todos são livres e respeitam a participação nas ações sindicais.

Nesse momento, o diretor Flávio Makoto Hashimoto manifestou que é intenção do sindicato estar próximo das bases e que, por isso, seria importante a manutenção dos canais de comunicação, pedido este aceito pelos gestores, que se colocaram à disposição.

Conclamamos a todos, uma vez mais, a continuar com as mobilizações rumo ao Teto e à Loat.