Artigo do AFR Ângelo de Angelis contesta efetividade dos incentivos fiscais para o desenvolvimento regional
Texto foi publicado no portal de economia e finanças do pesquisador e professor da FGV Paulo Gala
O fechamento das fábricas da Ford no Brasil é apontado pelo agente fiscal de rendas Ângelo de Angelis como o mais recente exemplo de que as concessões de benefícios fiscais são ineficientes para a promoção do desenvolvimento regional.
“Goiás alegava que se industrializou por conta destes incentivos. Esta constatação é duvidosa. A lógica locacional aponta que a Mitsubishi, por exemplo, se instalou por lá porque produz camionetes e motocicletas, próprios para atender a demanda decorrente da expansão da fronteira agrícola que houve no Centro-Oeste. Esta indústria iria para lá de qualquer jeito. Toda a indústria do agro que por lá se instalou teve por motivo a demanda derivada das atividades deste negócio e não o incentivo fiscal em si. Se a demanda acabar, elas saem, independentemente do incentivo fiscal do ICMS”, analisa o autor.
Ele ainda destaca que diversos estudiosos já concordam que o meio mais eficiente para promover o desenvolvimento regional é o gasto público, desde que bem planejado. “Este, por transitar pelo orçamento e ter sua aprovação votada, é bem mais transparente, além de criar externalidades locais positivas”, pontua Ângelo de Angelis.
Confira aqui o artigo publicado no blog do economista, pesquisador e professor da FGV Paulo Gala.