Dia a dia 14/04/2021 - 02:38

Caravana virtual: reuniões têm início com colegas de Araçatuba, Presidente Prudente, Marília e Bauru

Encontros de ontem (13) tiveram a participação dos delegados regionais e discutiram sobretudo o recrudescimento das mobilizações

O Sinafresp deu início ao ciclo de reuniões virtuais com o objetivo de aproximar as bases das atividades sindicais e debater sobre temas de interesse da categoria. Seguindo o cronograma de encontros regionais divulgado anteriormente, nesta quarta-feira (13), integrantes da entidade conversaram com cerca de 100 colegas de Araçatuba, Presidente Prudente, Marília e Bauru.

Estiveram presentes, representando o sindicato, o presidente Alfredo Maranca, o vice-presidente Glauco Honório, o secretário-geral Felipe Petrachini e os diretores Guilherme Jacob, Leandro Ferro, Lígia Sabaraense, Victor Lins e Delcides Souza. Também participaram, pelo Departamento Jurídico da entidade, os advogados Frederico França, Thiago Alves e Thiago Durante.

Antes de tratar sobre o fortalecimento das mobilizações, foco principal da reunião, Glauco Honório fez uma rápida explanação sobre as frentes de atuação do sindicato no que diz respeito aos principais pleitos da categoria, como a busca pelo teto salarial e a conquista da Lei Orgânica da Administração Tributária (Loat), bem como a batalha pela regularização do pagamento da Participação nos Resultados (PR).

“Diante de alguns questionamentos feitos por uma parcela da classe, ressaltando que o atraso da PR atinge apenas uma parte da carreira, é importante que o sindicato esclareça que, na visão da diretoria, a luta pela regularização dessa verba é de todos nós, pois só depois de garantir o que já está na lei é que faz sentido propor novos acordos e cobrar outras coisas”, explicou Honório.

Araçatuba e Presidente Prudente

Na primeira reunião, realizada na parte da manhã, os agentes fiscais de rendas (AFRs) Cláudio Trevizan, delegado da regional de Araçatuba, e Marcelo Marin Marques, delegado da regional de Presidente Prudente, parabenizaram o Sinafresp pela iniciativa e destacaram o grande potencial das reuniões, afirmando que o diálogo com a base é essencial para garantir o fortalecimento das mobilizações.

Sobre o recrudescimento das ações, ambos os delegados comentaram que seria importante promover uma reunião com as chefias para debater outras estratégias e avaliar a questão da entrega de cargos. “Já me prontifico a participar do encontro com os demais delegados. Espero que seja possível fazer um planejamento coletivo e bem organizado, para avançarmos por um bem comum”, afirmou o delegado Cláudio Trevizan.

Para o colega Jean Henrique Ferreira, além de intensificar as ações, é importante que cada AFR faça a sua parte. “Só vai funcionar se a gente incomodar pra valer os chefes. Eu percebo que, dependendo do que é solicitado lá de cima, alguns acabam fazendo o serviço necessário. Se continuarmos fazendo esse mínimo aceitável, as coisas seguem funcionando e o governo não se incomoda de verdade”, opinou.

Após o presidente Maranca e o vice-presidente Honório responderem perguntas a respeito de alguns temas, como a relação com a nova gestão da Afresp, e o diretor Delcides Souza sanar algumas dúvidas sobre a proposta de produtividade, o diretor Guilherme Jacob falou sobre as dificuldades enfrentadas para agendar uma reunião com o secretário Mauro Ricardo para cobrar, mais uma vez, um direito dos colegas.

“Estamos insistindo e, como ainda não tivemos um retorno do Mauro Ricardo, já estamos cogitando ir até o Palácio, na sala dele mesmo, e cobrar uma resposta. Para os colegas que estão sentindo a dor da PR atrasada, não podemos achar que regularizar isso resolve tudo. Não podemos pensar que o teto é impossível e ouvir a opinião de políticos. Ou acreditamos que a carreira precisa disso e merece mais respeito, ou nada vai mudar”, disse Jacob.

Marília e Bauru

No segundo encontro promovido ontem (13), a questão da entrega de cargos também foi discutida. Após os colegas Adriano Sacras e Mauro Progiante levantarem questionamentos sobre a possibilidade de utilizar a ação como estratégia, o delegado da regional de Bauru, Cleber Stefani, e o delegado da regional de Marília, Renan Kirihata, apresentaram suas opiniões sobre o próximo passo para as mobilizações.

“A questão da gradação das mobilizações é uma preocupação que trago aqui para debate. Acredito que seja necessário discutirmos isso de forma mais compacta diretamente com os delegados sobre o plano, definir uma estratégia clara e analisar o cenário com cautela. Se gastarmos toda a nossa pressão de início, não sei o que pode acontecer”, apontou Cleber Stefani.

Em sua fala, Renan Kirihata ressaltou que, apesar de não ter refletido sobre a possibilidade de colocar em prática a entrega de funções, acredita ser essencial um bom planejamento. “Seguindo a mesma linha do Cleber, é bom mencionar que, por conta das características do cargo, seria um ato simbólico e político. Já sobre a OP, outra ação já em prática, precisamos ter cuidado, pois temos responsabilidade funcional, é bom seguir o manual”.

Indagado pela diretora Ligia Sabaraense, o delegado de Bauru também comentou sobre como os gestores e o sindicato poderiam atuar de maneira coordenada, mas em frentes diferentes, com o objetivo de preservar o viés mais incisivo da entidade e garantir o engajamento da categoria em ações como a Operação Padrão (OP).

“Acredito que podemos entregar a insatisfação de formas diferentes. No meu caso, como gestor, posso apontar que, por conta da situação salarial insustentável, fica difícil manter a motivação dos servidores. Já como AFR que observa a desvalorização da classe e, considerando a importância do nosso trabalho para a sociedade, posso defender que não recebo o que deveria”, explicou Stefani.

Na oportunidade, o diretor Leandro Ferro defendeu que a categoria deveria cruzar os braços, apontando que os riscos fazem parte do jogo e, independentemente do que aconteça, o sindicato sempre estará pronto para dar todo o suporte necessário. “Se eu estivesse na ativa, não estaria movimentando nada. Do mesmo jeito que as pessoas podem ser prejudicadas pela interrupção, já tem colega sendo prejudicado sem receber o salário”.

No mesmo sentido, o AFR Guilherme Martins ainda solicitou que a regularização da verba seja tratada com a seriedade que merece. “PR é salário atrasado, não podemos tolerar isso. O tema não pode ser tratado como algo pequeno, como se não merecesse, por exemplo, a entrega de funções. Esse problema merece a atenção de toda a classe e de todas as entidades que nos representam”.

Confira abaixo o calendário com os próximos encontros regionais, programe-se e faça parte do movimento que busca recuperar a dignidade do fisco paulista:

 1ª SEMANA                       

15 de abril – Quinta-feira

10h – Campinas e Jundiaí

15h – Santos e ABCD

 

 2ª SEMANA                       

20 de abril – Terça-feira

10h – Taubaté e Osasco

15h – C2 e Guarulhos

 

22 de abril – Quinta-feira

10h – C3 e C1

15h – Predião

 
Compartilhar: