Dia a dia 15/04/2021 - 03:23

Em mais um encontro virtual, AFRs das regionais de Araraquara, São José do Rio Preto, Sorocaba e Ribeirão Preto sugerem ações de mobilização

Apagões na Fazenda e entrega coletiva de funções foram principais estratégias de luta debatidas

Em continuidade às reuniões regionais da diretoria  do Sinafresp com os agentes fiscais de rendas, foram realizados ontem (14), dois encontros virtuais, com colegas da DRT-15/Araraquara e DRT-08/São José do Rio Preto, pela manhã, e da DRT-04/Sorocaba e DRT-06/Ribeirão Preto durante a tarde. Assim como no primeiro encontro realizado na terça-feira, 13 de abril, além dos integrantes da diretoria,  Alfredo Maranca, Glauco Honório, Felipe Petrachini, Guilherme Jacob, Leandro Ferro, Victor Lins e Delcides Sousa, advogados do departamento jurídico também participaram da reunião para sanar eventuais dúvidas.

A reunião da manhã contou com a presença do delegado regional tributário de Araraquara, Thiago Martins, e o de São José do Rio Preto, Milton Cesar Bataglia Nogueira. À tarde, o delegado regional de Ribeirão Preto, Rafael Carvalho de Oliveira, também participou, já a delegada regional de Sorocaba, Keyla Ferreira, justificou que não poderia acompanhar a reunião devido a um compromisso prévio, mas se colocou à disposição para dialogar. 

A participação dos delegados regionais, assim como de outros colegas ocupantes de cargos de chefia, é muito importante, tendo em vista o momento crítico enfrentado pela categoria. Com as reuniões realizadas, fica claro que o descaso do governo e o agravamento dos problemas salariais causam aflição e inconformismo na classe, provocando uma situação insustentável.    

Os diretores do Sinafresp, fizeram um breve relato do andamento dos trabalhos sindicais: o incentivo às ações de mobilização, como a chuva e e-mails, a estratégia de não tramitar processos no Sem Papel e a operação padrão (OP); a divulgação na imprensa de pautas críticas; e os contatos com a administração e os membros do governo, conversas em que foram discutidas as perspectivas de implementação do teto único, de pagamento do salário atrasado (PR à qual fazem juz cerca de 56% dos ativos e aproximadamente 10% dos aposentados) e da proposta de produtividade do governo.    

A diretoria  informou que o sindicato tem feito todos os esforços para que a PR seja paga, mas até então não havia retorno sobre o pedido de agendamento de reunião com o secretário de Projetos, Orçamento e Gestão, Mauro Ricardo, com quem está pendente o processo para pagamento. 

“Quando o projeto do Nos Conformes estava na Alesp, conseguimos assegurar o cálculo da PR em lei, trabalhamos por isso e conquistamos. A PR está em lei, tem que ser paga. Se aceitarmos o atraso de verba salarial garantida em lei agora, o governo pode fazer a mesma coisa futuramente com outras conquistas que eventualmente obtivermos”, ressaltou Glauco Honório.

“Estamos com a PR de 2020 inteira atrasada, ou seja, cerca de 56% dos colegas estão com salário atrasado. A PR não resolve o problema de remuneração nem do pessoal mais novo, mas é salário. Estamos vivendo uma situação inédita para nós que é ter atraso de pagamento dos salários. Tínhamos o pior salário do Brasil, e agora ele ainda está atrasado”, disse o tesoureiro do sindicato Guilherme Jacob. Ele fez um apelo para que todos os colegas ajudem a pressionar, com adesão à mobilização, para evitar que essa situação se repita. 

Glauco Honório e Guilherme Jacob destacaram que o pagamento regular da PR e a implementação da proposta de produtividade abrem espaço no orçamento para a categoria, favorecendo a luta pelo teto único. “Devemos trabalhar para ganhar esse orçamento, temos um teto que hoje é praticamente o salário inicial de outras carreiras”, completou o diretor de assuntos técnicos do sindicato, Delcides Sousa.  

Propostas de ações

Muitos colegas se manifestaram no sentido de aumentar as ações e a pressão pela regularização do salário atrasado e pelos pleitos da categoria, teto único e lei orgânica. As principais sugestões debatidas nas duas reuniões foram o apagão na Fazenda, que consiste em suspensão das atividades de trabalho em dias pré-determinados; a entrega das funções de forma organizada, em conjunto, como ato de pressão, assim como já ocorreu na Receita Federal; e a atuação pelo aumento do teto via Projeto de Lei Orçamentária (PLO). 

Luiz Otávio de Andrade Corsetti, da DRT-04/Sorocaba, destacou que deve ser feito um esforço para mobilizar aqueles colegas que ainda não aderiram à operação padrão e prosseguem fazendo suas atividades normalmente. “É um tapa na cara de quem está fazendo mobilização, é desmotivador”. Ele também pediu à diretoria uma mensuração da adesão à OP e de seus resultados e propôs a paralisação das atividades em dias pré-estabelecidos com utilização de abono. “Se a gente não consegue nem realizar reunião, está na hora de parar”, sugeriu. 

Nas duas reuniões, os colegas também pediram que o Sinafresp organize a entrega de funções. O vice-presidente Glauco Honório disse que o sindicato está agendando uma reunião com todos os delegados e que assim que forem concluídas as reuniões com todas as regionais, que terminam na próxima quinta-feira, buscará organizar essa e outras ações sugeridas. 

Colegas também propuseram que o sindicato comece a trabalhar junto aos representantes dos poderes públicos, desde já, por um reajuste do teto salarial via PLO. 

Melissa Almeida, DRT-04/Sorocaba, pediu que o Sinafresp realize mais reuniões com as regionais e atue junto aos filiados, uma vez que o momento é de integração.    

Por último, o presidente do Sinafresp, Alfredo Maranca, fez um apelo para que todos leiam e adotem os procedimentos do manual da operação padrão, bem como deixem de tramitar processos no Sem Papel. A diretoria está à disposição dos colegas em caso de dúvidas ou dificuldades nas regionais. 

O calendário de reuniões com as regionais está disponível aqui.

 
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